Páginas

sexta-feira, 2 de março de 2012

Em vão


   O ser humano parece ter perdido a poesia... A poesia não se resume à estrofes e rimas, a poesia ao meu ver é uma parte essencial da alma humana. Algo entre a criatividade e o otimismo, entre a melancolia e a expressão.
   A poesia faz da dor uma espécie de arte, a poesia torna o mistério da vida algo mirabolante que desafia a sensibilidade, ela nos pede para escapar do óbvio, nos leva a buscar entrelinhas, e criá-las.
   A poesia é que dá ao artista um olhar transcendente da realidade e o leva a pintar, não o que ele vê em si, mas a ideia pura e limpa daquilo que existe materialmente. Daí surgem os verdadeiros gênios: são aqueles que compreendem a existência da poesia como uma parcela fundamental da genialidade, que a incitam e usam-na conscientemente no cotidiano. Semeando-a naqueles que possuem a mente aberta para ver o mundo de outra forma.
   A poesia é como a liberdade, quando está presente, logo se esquece dela, mas quando é retirada, logo sente-se sua ausência, claro, se você tiver consciência da existência dela. A humanidade parece estar sem rumo... Pararam de se perguntar verdadeiramente de 'Onde viemos?', 'Para onde vamos?', 'De onde veio o Mundo?'.
   E não só... Estão muitos se satisfazendo com o mínimo, com a monotonia e o marasmo de uma vida estagnada poeticamente. Não mais produzem, não expressam, senão ideias repetidas e sem mistério, sem poesia, uma falsa arte.
   E os últimos 'Cavalheiros' e as últimas 'Damas', os últimos defensores da arte e da poesia, como eu, tentam quase que em vão, salvar essa donzela chamada Poesia.