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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Sabor de Fruta Mordida

"Eu quero a sorte de um amor tranquilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva [...]"


O que é esse sabor de fruta mordida?
É a fruta da que já se provou? Aquela que foi aos lábios e se afastou deles?

Pois se é, então que me venham novamente frutas aos lábios. Uma que transforme meu tédio em melodia, como um remédio que me dê alegria.
Desde que seja um amor tranquilo. E que tenha boca, nuca, mão. Minha mente não irá ao lugar nenhum.
Não terá moedas pra dar garantia, não. Mas por todo inferno e céu de todo dia, transformo a vida toda em poesia. Dessas poesias que a gente não vive.
Encontro, sim, tua fonte escondida. E se o teu corpo inteiro, for como o conheço, um furacão. Temos todo o amor que houver nesta vida, não?

Adormeço

Tornei-me um vislumbre. Uma sombra. Um reflexo.
Apenas um eco do narciso que fui.
Apenas um músculo, apenas uma memória. Meu coração agora é asséptico.
Não tenho mais rosas, não tenho mais.
Meu espelho rachou-se. Como parte-se a moldura de um retrato.
Parte-se. Parte-se.
Partistes.
As escrituras da minha alma permaneceram. Lembranças, sorrisos, mágoas.
Notas secretas, escondidas onde ninguém pode achar.
Mas sem cores. Sem vermelhos, sem azuis. Nem mesmo uma branca e vazia tela.
Apenas escuridão. Apenas madrugada.
Sou escuro por dentro. E frio. Como a noite que me faz às vezes de berço.
Cubro-me com seu manto e escondo-me da luz.
Estou me perdendo e apenas minhas próprias palavras protegem-me da insanidade.
Elas trazem para mim o passado. Levam-me também para o futuro.
Confio meu destino nesta única ação.
E escrevendo, esqueço.
E finalmente adormeço.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Dia D


Dane-se o mundo quando você sorri.
   Caraca, Dani, nem acredito que já faz mais de três anos que te conheço... Esse tempo passou voando, hein? E mesmo que tenha passado assim, deu pra sobrevoar muita coisa.
    Nesse meio tempo a gente já fez tanta coisa, foram tantas aventuras (e desventuras) com direito a dancinha na chuva e cerveja no meio da semana... Uma melhor que a outra.
     Já te vi morena, loira (a única loira que sempre vou achar bonita, além daquelas que vem geladas) e ruiva (meu Deus, meu Deus, meu Deus!), vestida de tudo que foi coisa e concluo que sempre vou te gostar o mesmo tantão. (Um pouco mais se estiver ruiva, porque né..)
     Se você não sabe (mas devia saber, rum!), agora está obrigada a saber (e se não, vou lhe achar muito obtusa, olhe lá), porque estou declarando por escrito onde todos podem ver: 
    
    Você é muito, mas muito especial mesmo, guria. Única no mundo, diva maravilha, musa, deusa grega, fonte de serotonina e dopamina estrogeniosa, (Tá bom?) Enfim, eu te amo do fundo do coração. (Até porque você é meio eu e todo mundo sabe que eu me amo de verdade.)

    Parabéns, guria, por mim e pela tua mamys - que pode não estar aqui pra dizer, mas que com certeza tá em algum lugar lá em cima, tão orgulhosa de você quanto eu.

   Você tem um quartinho azul com todos os meus posters imaginários de AC/DC lá na cobertura do meu coração, com vista pro mar. Por isso e por aquilo e por aquilo outro, quero que tu seja mais feliz que girassol quando amanhece o dia.

Um meio quilo de Bacon (não pera..)
Um meio quilo de Beijo
O maior dos meus mais longos abraços
E com todo o amor do mundo,

Sam

28 de Novembro de 2013

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Via Láctea



   Derramaram um pote de mel no céu. Ou de leite fluorescente.

   Derrubaram um quilo de açúcar no céu. Ou de diamantes.

Estou trocando diamantes por rubis
Devolvendo palavras das mais sutis
E avermelhando o céu

Pintando tudo de vermelho
Como disse que faria,
Mesmo não sendo marciano.

Eu iria mesmo ao fim do universo
Ou para dentro de uma história
Para fugir de você.

Mas neste mar faiscante de mel
Não sei o que é chão e o que é céu
E afundo devagar.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

V de Amor

Inventei o vento como quem vê, atento, o vazio aqui dentro esperando para suspirar.

Vendo o vai e vem enciumado de uma data vencida, me convenci a deixar passar.

Vã esperança, era a vez de uma tola memória apertar os ventrículos e soar como um ventríloquo a voz feminina no ar.

Vil amargor de ano passado, voltando aos olhos só para ver as lágrimas vaidosas lutarem para não cair.

Vai ver é sempre assim.

Vai ver que vencer não é esquecer, mas viver lembrando.