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sábado, 12 de janeiro de 2013

De correntes e cores


    O azul que passa entre os meus dedos substancia a sensação poseidônica de ter o mar nas minhas mãos. Recorrente é essa sensação de maresia que vive em mim e preenche meus escritos, mas esse não é o sentido dessa ingênua e maliciosa anotação mental. Venho ao meu recanto admitir luxuriosamente meu gosto pelo prazer da dor controlada e cantar o mantra daquele que doma o trabalho ilimitado das lâminas.
    "Eu sou o osso da minha espada. Meu corpo é aço. Meu sangue é fogo. [...]"
   E não menor é minha paixão pelo ferro e pela chama. A chama invisível que permeia o pecado. E nesse sussurro, uso de canção pra dizer que bastões e pedras podem quebrar meus ossos, mas correntes e chicotes... Hmmm... Sir Watton deixou sua marca no meu espírito e só consigo pensar que o único modo de se livrar de uma tentação é ceder a ela.
    E pode começar com um beijo picante e um piercing na língua.

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