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sábado, 30 de novembro de 2013

A Geração Save-Game

Não só Battletoads. Contra, Ninja Gaiden e Alex Kidd também. O que esses jogos tinham em comum? Não havia save game. Não dava para você dar uma jogadinha marota antes do colégio ou no intervalo do jogo. O que nos restava, no máximo, era o bom e velho password – que também era uma sacanagem, com números, símbolos e cores.
Eu devo muito da minha persistência e força de vontade a isso. A essa ética adquirida com os games. Não foi uma fase difícil do Contra e as poucas vidas logo na terceira fase que me fizeram desistir de chegar até o final. Muito menos as semanas tentando descobrir como passar com o jet ski do Battletoads que me motivaram a jogar tudo pelo alto. Nada, nenhuma dificuldade me motivou a pegar um atalho ou render-se a trapaça.
Hoje eu sou um cara bom.
Sou um cara justo.
E devo parte da minha educação ao vídeo-game.
Não sei o que será dos jovens gamers de hoje. Só espero que essa gurizada não se acostume com a vida mansa.
A realidade, acredite, é mais dura do que um bônus level com fase destravada e vidas infinitas.

Via Papo de Homem, em: http://papodehomem.com.br/essa-geracao-save-game/

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