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terça-feira, 7 de junho de 2011

Chamas infindáveis

A frequência aumenta, o calor aumenta, como as marteladas de Vulcano à beira da fornalha. E como as armas e armaduras de bronze celeste que o deus do fogo cria, a carne se molda, enquanto os músculos se contraem para conter seu semelhante. E o gemer do metal ressona entre as quatro paredes, como a sinfonia das fagulhas douradas dançando como fios de cabelo ao vento. Claustroeuforia, dentro dum cubículo de pedra. Um  rei inexistente que reina num trono de porcelana. Vide o verso, enquanto os cães uivam lá fora, o castelo permanece em intensa comemoração, dança, fogo... perfume. O Arcanjo desce do céu e brande a vida. Desliza a lança na carne rubra e explode o estopim do fim... do começo. Uma oportunidade abre a porta para outra. O risco conduz a mais risco. E o fogo... à um incêndio furioso, interminável. Amaterasu.

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