Páginas

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Mundo das Idéias

Numa hora tranqüila, as idéias nasciam, e nascidas multiplicavam-se como estrelas durante sua contagem no firmamento, multiplicadas em outras mil, as idéias corriam barulhentas e agitadas como crianças perdidas sob o olhar profundo de idéias tão antigas quanto o mundo.


Naquele dia, enquanto assistia a algazarra de algumas idéias zombeteiras e as diabruras de outras mais, um simpático senhor, de ombros largos e barba grisalha, anunciando-se como ums dos amigos da sabedoria, disse-me que um dia a correria daquelas jovens idéias assustaria os mais poderosos soberanos e monarcas em muitas terras e países do mundo.


Tentei arriscar um pergunta curiosa, mas antes que conseguisse falar, o senhor sinalizou para um grupo de idéias que giravam animadas numa ciranda de pensamentos. Ouvi sua canção, e era bela, e cheia de uma força, capaz de engendrar deuses e dá a luz demônios.
Ele apontou para um bando de idéias brincalhonas, indicando, em seguida um seleto grupo de idéias sóbrias e austeras, e olhando para algumas delas que sussurravam seus jogos, segredos e mistérios, disse: saborei, pois aqui o belo não é senão a própria beleza, o bom a própria bondade, o virtuoso a própria virtude.


Sorri, enquanto, as idéias se multiplicavam, tomando sua forma genuína e pura. Algumas nasciam como animais belos e assombrosamente perfeitos. Poderia dizer a forma das próprias coisas e seres imaginados e imagináveis.

Ali estava o próprio SABER, o próprio CONHECIMENTO, a própria SABEDORIA para onde todas as idéias seguiam seu rumo, desde as declaradamente tolas e pueris até as mais lúcidas e cheias de magia. Quando reunidas às idéias se desfaziam em um grande rio, ao lado de uma longa e ao mesmo tempo curta estrada, de onde poderiam matar a sede dos viajantes, que acaso ouvissem seu burburinho ao lado daquela estrada, a qual a todos deverá servir de caminho.
Perguntei ao velho amigo da sabedoria: Como poderia retornar outras vezes ao Mundo das Idéias? Afinal, o que mais indagaria um digno e curioso garoto de 13 anos ao velho filósofo.

Ele apontou-me, um banco singularmente comum naquele lugar fantástico, maravilho, e incomum. E falou: senta-te naquele banco ou em qualquer outro lugar, levando consigo tua curiosidade, surpresa pelas descobertas, paixão pelas idéias jovens e velhas e na trilha das idéias deixadas nas páginas de um livro encontrarás o caminho para ir e vir quando desejares.
Deu-me um abraço e seguiu os passos de algumas idéias pequeninas, nascidas naquele exato instante, que engatinhavam em direção ao turbilhão.


Finalmente, sentei naquele banco, abri o livro e me aconcheguei entre idéias mortais e imortais, idéias antigas e sábias, idéias recém-nascidas que me cercava num enorme berçário de idéias. Fui um leitor ávido, encontrara meu tesouro! E, durante a leitura daquele livro, durante aquela história, durante a viagem naquelas mil e uma páginas:


Tornei-me o primeiro Rei com 13 anos de idade daqueles fascinantes mundos e terras.

Carpe Diem


Créditos:                        Wongtelling

Nenhum comentário:

Postar um comentário