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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Vamos falar de amor

Foto por Micaelle Morais
    É.. Os últimos vinte minutos estáticos me fazem perceber que falar de amor é um pouco mais complicado do que eu tinha imaginado... Principalmente pelo fato de que eu quero sair dos clichês, evitar dramas poéticos e declarações redundantes.
      Hoje é um dia singular para falar de amor... Um dezessete sem valor para quase todo mundo, mas cheio de significado para mim. É uma data. Daquelas que eu estou bem acostumado a esquecer. É uma data de amor, com certeza. Uma data de coragem insana.
      Aí está! O mel começa a sair da colmeia...
      O amor está - definitivamente - ligado à coragem. À insana, para ser exato. Coragem de se entregar por completo a alguém. Quando isso acontece sem esforço, então... Pode ter certeza. É amor. Porque o amor, quando é amor (e não um pseudo-amor ou uma paixão enlouquecida, simplesmente), é assim: fácil, natural, sem esforço... Como respirar.
     Estamos acostumados com o amor, mas ainda assim não somos muito talentosos em reconhecê-lo... Ou demonstrá-lo. E ele é declarado à torto e à direito. Isso não pode estar certo.
     Não que o amor tenha de ser dosado, não me entenda mal... Mas é que tira um pouco do brilho do amor sacudi-lo às avessas para qualquer um. O amor tem que ser ouvido por dentro. Tem que ser visto nas pupilas. Seu perfume tem que ter um cheiro definido e conhecido. Ele tem que ser sentido em cada abraço, cada toque das mãos. Até seu sabor tem que prestar contas à língua. Aí sim... Parece que vem de dentro, com volúpia: uma necessidade crescente e inumana de expressar esse furacão interior.
     E a felicidade está atada com laço vermelho ao amor verdadeiro. E repito: para ser feliz bastam vinte segundos de coragem insana.
     E preste bastante atenção: esses vinte segundos podem durar uma vida inteira. Ah, se podem! Espero por isso com furor.
     Mas nesse ínterim, vou aceitando a insanidade temporária... São cinco meses de coragem insana... Dessas coragens voluptuosas e ensandecidas de falar "eu te amo".

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