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domingo, 25 de agosto de 2013

Como taças de vidro

 
    Não. A vida não é curta. A vida é frágil. Tão frágil que não podemos prever que brisa pode fazê-la ruir.
   Costumamos esquecer disso, quando deveria ser a primeira coisa a lembrar todos os dias. Nós somos mortais. Cada um de nós.
    Com isso, não pense que estou tentando fazer com que você olhe uma vez mais para si mesmo; nem estou tentando fazer com que tema a própria morte. Não. os mortos não sentem dor.
    Quero que pare e pense naqueles que mais ama. Pare e perceba o quão humanos eles são. Pare e pense no que eles sentiriam se você fechasse os olhos para sempre. Pare e pense como seria perdê-los. Sem prorrogação, sem palavras finais, sem adeus. Apenas um tumulto. Apenas um grito. Apenas isto. Apenas o fim. Vazio, seco e sem explicações. Sem porquê nem para quê.
     Talvez você perceba o quão importante é viver cada dia como se fosse o último. Que faz toda diferença amar tudo que se tem para amar ainda hoje e demonstrar todo esse amor sem máscaras. Como se não houvesse amanhã. Pois talvez, afinal, não haja mesmo.
    Nossas vidas podem ser curtas, mas também podem ser longas, é verdade. No entanto, serão sempre - Sempre! - frágeis como taças de vidro...

    Que a qualquer momento podem quebrar.

Um comentário:

  1. É aquele tipo de mensagem que pode até parecer até clichê, mas que só nos damos conta quando acontece ou quando alguém nos joga na cara.
    A vida é amedrontadora às vezes...

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